Soltar não é fraqueza – é um ato de Alma
Em um mundo que celebra o acúmulo, a conquista e a performance como sinônimos de sucesso, soltar pode parecer um ato de covardia e derrota. Mas, na verdade, soltar, abrir mão, é um ato profundo de sabedoria, maturidade, coragem e responsabilidade. Especialmente quando se está em posições de liderança para a tomada de decisões.
Seja um projeto que não faz mais sentido, uma posição que não nos representa mais, uma relação que se tornou disfuncional ou mesmo um ideal que já cumpriu o seu ciclo… saber o momento de soltar é tão importante quanto saber o momento de entrar ou de persistir.
Na “Era da Nova Liderança”, não há mais espaço para apegos às estruturas que sufocam, apenas porque foram um dia promissoras, para ambos os lados. A verdadeira liderança é a que reconhece quando mudar de caminho pode ser mais poderoso e honroso do que insistir apenas por ego, vaidade, medo de opiniões alheias ou de recomeçar.
Abrir mão não é desistir. É discernir. É sair da rigidez do arquétipo do cargo ou do papel, para acessar a inteligência que nasce do movimento. É dizer: “isso já não serve mais, e tudo bem”. É ter a grandeza de reconhecer que, para avançar com leveza, é preciso deixar para trás o que pesa ou que já nos roubou o sorriso do rosto.
Nos ambientes corporativos, quantas vezes nós, Líderes, nos vemos presos a metas, estruturas ou relações apenas porque tememos o julgamento ou tememos abrir mão do status quo? E ao praticarmos esse apego, colocamos em risco a inovação, a saúde emocional, a saúde mental das equipes e a autenticidade das nossas escolhas?
A sabedoria de soltar também é sobre deixar o novo florescer, é abrimos espaço para aquilo que verdadeiramente está gritando por emergir. Isso vale para as ideias, funções, processos e, acima de tudo, para modos de SER.
Abrir mão, portanto, é uma atitude de “líderes visionários”, que não se apegam ao passado, mas que vivem e honram o presente com escolhas conscientes. Que compreendem que o verdadeiro poder não está no controle, mas na coerência com PRINCÍPIOS, VALORES, PROPÓSITO de inclusão de todos, visando o GANHA-GANHA.
Soltar não é fraqueza. É coragem silenciosa. É o coração dizendo sim ao invisível, e a Alma se desfazendo do que já não precisa carregar. Soltar é permitir que a VIDA se renove. Porque só quem reconhece que tudo tem um tempo e um proposito, é capaz de abrir mão com sabedoria. Soltar é confiar que há algo maior conduzindo a dança da VIDA, mesmo quando, ainda, não vemos os próximos passos.
Meu abraço carinhoso… e voe… voe alto e leve!!
Maria Elena Pereira Johannpeter
Especialista em desenvolvimento humano e ampliação de consciências para o sucesso pessoal e profissional. Palestrante, consultora e fundadora da ONG Parceiros Voluntários, com atuação nacional há mais de 25 anos.
Rede PV
Parceiros Voluntários é uma Organização Não Governamental (ONG), sem fins lucrativos e apartidária, criada há mais de 25 anos, com o propósito em transformar o mundo em um lugar melhor para as pessoas viverem. A Rede PV potencializa o impacto positivo nas comunidades com o desenvolvimento de tecnologias sociais e soluções personalizadas junto aos parceiros. Com foco no desenvolvimento sustentável, tem projetos sendo realizados em diversas cidades pelo Brasil. Uma rede colaborativa, envolvendo agentes internos e externos, atende o ecossistema social, composto por empresas, escolas, órgãos governamentais, organizações da sociedade civil e indivíduos que desejam exercer a prática do voluntariado.
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